O ESCRITÓRIO DO CRIME

"Mais que um desabafo, um escárnio"

O ASSASINATO DOS JOVENS POBRES
O SUICIDIO DOS POBRES IDOSOS

O algoz da carne
O despelador da Alma
O Paspalho
A fúnebre derrocada brasileira

Juntos, o Paspalho, o Algoz e o Despelador, preparam a terrível e tenebrosa derrota do povo. O primeiro, em sua ignóbil agilidade politica, sua falta de capacidade de gestão, o saudosismo revanchista e retorcido da Ditadura Militar, a ignorância e ódio aos agentes minimamente progressistas, abre alas e caminhos para que se escorra o sangue. O segundo, em seu ódio ao pobre, em seu alinhamento autoritário, em sua caça aos bodes expiatórios e sua agenda de exterminio, abre as comportas das barragens de corpos. O terceiro, o dinheiro o consome, nada mais importa senão o banco e a empresa, que os trabalhadores, trabalhem mais, que os empresários ganhem mais, que os empresarios enriqueçam e que os trabalhadores pereçam na servidão, filtra esses corpos e esse sangue em empresas privadas e retorna a populacao como a água ungida.

 

O Paspalho, semi-morto, aplaude as iniciativas preparatórias para o sua própria queda. Mourão, o Rato, só nâo lhe rói os fios, porque tem três cachorros raivosos guardando o Bolsopai.

 

Moro, com seu “Pacote Anticrime” parece ter saído da série “Gotham”. Desesperado. Pronto para agir. “Eu anuncio o fim da corrupção”. E mais “eu anuncio o fim do crime”. Um típico conhecedor dos temores do povo. Pão, casa e Educação? Não. Para Moro, o povo gostaria de ver a cada minuto, na TV, UM ASSASSINATO DE UM INOCENTE POR UM POLICIAL OU MILICIANO (“né não Bolsonaro?!”) EM SEU BAIRRO. Para Moro, segurança significa dar aval para a Policia Militar de todo o Brasil a matar – sem mais, nem menos – qualquer pessoa em qualquer caso em que o assassino se sinta: confuso, ameaçado, cansado, feliz, psicologicamente afetado ou simplesmente alegue que “meu dedo escorregou e morreu mais um de 10 anos, mas fazer o que, é do trabalho”. Para Moro, organização criminosa é qualquer coisa: qualquer coisa que atente contra o controle alternativo ao do Estado Burguês.Os traficantes, desmatadores, aliciadores de paleto e gravata que ocupam cadeiras no Congresso não são um problema, mas sim o menino, a negra, o favelado. Senta-se ao lado de ladrões. E pactua pontos anticorrupção. Seus amigos, Moro, ladrões dos trabalhadores e trabalhadoras, estão no inicio do afluente que desemboca nesse rio de sangue. E para perserguir opositores, faz bem, o alinhamento com agenda da tortura, com a estratégia pífia de permitir o sigilo de documentos do governo, suas tramóias e mirabolantes tentativas de barrar com gravetos o rio de corrupcao e formidável organização miliciana do Presidente Jair Messias Bolsonaro.

Moro, com o “Pacote Anticrimes”, representa, nada mais, nada menos que o homem que condenou os trabalhadores e trabalhadoras, pobres, negros e negras, crianças, desempregados, pessoas em condições de ruas, opositores, dentre todos os ramos do socialismo, movimentos sociais e toda uma gama de militantes, ao aprofundamento agressivo das noções juridicas, eticas e morais da sociedade burguesa, permitindo (legalmente) a pena de morte, por parte de toda a força policial, que protege os patrimonios burgueses, dos mais pobres.

O Algoz da carne.
Acumula corpos.
Para depois.
Escóa-los.
E assim poder.
Acumular mais corpos.

 

Guedes, a Reforma da Previdência, e o seu afã pelo suicidio massivo de idosos e idosas. Sua paixão descontrolada pelo desemprego, pela pobreza, pela desigualdade. Guedes, o banqueiro, empresario, corrupto, ladrão e, um dos nomes mais fortes da intragável Escola de Chicago, odeia pessoas, mas ama tudo aquilo que o dinheiro puder lhe dar. Se o dinheiro puder lhe dar a felicidade de ver uma mulher brasileira trabalhando até os 80 anos (“né não, Maia?”), para que ele possa desfrutar um vinho sabor “sangué chilene”, que ela trabalhe até os 85. E mais, que ela arque com a sua saúde, com o seu transporte, com a sua educacao, com a sua segurança. Porque Guedes não quer “dar nada pra ninguém”. Os impostos, contudo, continuam aumentando.

"Mas fecha escola publica, abre escola privada. Fecha hospital publico. Abre privado. Põe catraca no parque. Muro na praia. Aumenta a tarifa desse busão."

E quem aqui tem dinheiro, nesse mundo do infernos, pra pagar a educacao dos filhos, a saude, o lazer, o transporte, a gasolina, o leite das crianças, trabalhar ate os 80 anos para no fim, se sobreviver a tudo isso, morrer pálida, triste e faminta?

Guedes, acredita que vendendo tudo pros gringl. Terá mais produtos, mais concorrência. Tera mais emprego. Tudo sera mais barato. Acredita que quanto mais trabalharmos, quanto mais nos esforcarmos, quanto mais suarmos a camiseta, e nos sacrificarmos, nós trabalhadores poderemos dar tanto dinheiro pro patrão que ele em sua magestosa boa vontade poderá contratar mais pessoas, para que nos esforcemos cada vez mais para que o patrao possa ser cada vez mais gentil, contratando mais pessoas e multiplando sua fortuna.

Enquanto nós… 6 pessoas, 10 pessoas, 14 pessoas, 22 pessoas num só lugar, macarrão com salsicha, uns vão a pé, outros de kombi, uns de bicicleta e outros desempregados amarguram sob a linha tênue entre o delírio e a fome.

Guedes acredita na benevolencia do patrão porque ele é patrão.

Ele é Chefe, Chefe dos Patrões que nos despelam. Que nos querem servindo-os para que eles nos deem graciosamente um misero pedaço simbólico do fruto de nosso próprio trabalho. Guedes quer que nós, trabalhadores e trabalhadoras, construámos os seus patrimônios, os patrimônios de suas filhos e que nossos filhos construam o de seus netos. E nós nunca poderemos desfrutar desses lugares, porque para Guedes, somos máquinas que fazemos dinheiro para os verdadeiros humanos.

E como somos máquina, para guedes não temos alma.
Somos só a essência da riqueza burguesa, uma infelicidade.

E por isso Guedes, paladino dos bancos.
É o despelador.

Aquele que retirará de nós a pele, que nos encobre e aquece e deixará somente a máquina que gerará toda a sua fortuna e o sangue que se transformará na água-morta envenenada pelo capital.

Pagar para morrer
uma morte condicionada
pela vontade
de outros.

O Paspalho, por sua vez, aplaude, fortalece e justifica.

Bolsonaro, aquele que sorri para as câmeras, posa de mito, mas teme: teme a mílicia, teme o mercado, teme o exército, teme a Igreja, teme os Gringos que o colocaram lá para abrir caminho para essa barragem de corpos e sangue do povo brasileiro escoar.

Que Moro, Guedes e Bolsonaro, no futuro sejam lembrados como assassinos.

Assassinos de trabalhadores e trabalhadores por conta do dinheiro e do poder de dominação e exploração.

 

A única alternativa é a organização e a propaganda. Ainda que soe clichê e sinistro. Ainda que como mera retórica, ainda que muitos de nós sumam, morram, se perdam: nâo existe alternativa, senão, organização em torno do Poder Popular e a propaganda, para que possamos pendurar esses crápulas

"Inimigos do povo
Cuidado."

 

 

O Companheiro R – 14 – 02 – 2019