PORQUE NENHUMA FRONTEIRA DO MUNDO PODE BARRAR A REVOLUÇÃO SOCIAL
Considerações acerca das fronteiras, da permanência, do internacionalismo e da comunicação independente e revolucionária
Independentemente de onde está: no mais baixo ou no mais alto grau da escala dos explorados pela escória burguesa, você se sente pertencente a algum lugar?
Porque ainda que tenha escolhido um lugar para morar ou ainda que tenha morado no mesmo lugar durante toda a vida, a necessidade de estar fisicamente ou virtualmente em outros lugares, com outras pessoas, ou simplesmente sabendo das coisas que irrompem em outros lugares, é fato verdadeiro na nova sociedade.
O sentimento de pertencimento não existe.
Não existe uma raíz que nos impeça de ir ou vir, para lá ou para cá. Nem daqui nem de outro lugar .Esse é o problema. A ideia de conforto e falsa satisfação do lugar em que estamos nos causa essa sensação de estagnação e subitamente o esquecimento do mundo.
A ideia de instalação permanente é pequena demais e é complicadíssimo viver assim.
E por mais que queiramos ir para outros lugares próximos ou distantes de onde estamos, mesmo no futuro, o sentimento é genuíno e independentemente do lugar nunca estaremos tão presos a eles que não possamos nos soltar.
É totalmente compreensível que ao mesmo tempo em que queiramos estar no mesmo lugar em que sempre estivemos, queiramos ir para outros lugares. Ir para um lugar antigo ou para o novo e desconhecido
.A certeza é que não se criam raízes porque não se quer estar em um único lugar ou porque não se consegue estar.
Mas sim por nos vermos pertencentes à todos os lugares.
Quando as pessoas se perguntam “de onde somos?” respondem assertivamente a localidade ao qual acham pertencer. Quando, na verdade, pertencemos a todos os locais pelos quais já passamos, e todos esses locais nos pertencem.
Que as raízes não criamos, mas que em toda floresta que passamos, levamos nutrientes, colhemos frutos, e polinizamos outras florestas.
Pode parecer estranho dizer que não temos raízes quando acreditamos sermos de algum lugar. Pode parecer solitário e angustiante, mas quando se entende que: o fato de não conseguirmos estar num lugar só e tentar estar em vários lugares ao mesmo tempo, de não poder atenção exclusiva a apenas uma pessoa num mundo de milhares de histórias, não é porque não existe importâncias pontuais.
Mas é porque é preciso estar em todos os lugares, é preciso dar um pouco de atenção a tudo. Porque o foco, o centro, a permanência e o estático são pequenos demais para nós.
Nenhum fronteira pode barrar a nossa existência, nenhuma cerca, nenhum rio, nada! Independente de onde está, no mais alto ou no mais baixo grau de explorados pelo escória burguesa, tiranos do mundo pentecostal, e dos pedófilos católicos, da mancha de sangue feminino, e dos corpos negros extirpados!
Não existem catracas ou venenos que possam nos matar.
Não importa onde estejamos, não pertencemos a lugar nenhum e por isso nossa história pertence a todo lugar.
E ela se espalhará entre aqueles e aquelas que carregam em seus corações a luta pela Revolução Social, pela Democracria Direta, pelo Mundo sem Fronteiras, pela Comunicação Livre, Independente e Revolucionária.
Não existem raízes que prendem ideias. Não temos raízes,.. E comunicaremos isso ao mundo todo.
Pela Revolução Social!
Pela força, resistência e solidariedade entre todos e todas!
Pela comunicação independente, livre e revolucionária,
Porque nenhuma fronteira do mundo pode barrar a Revolução Social
O Companheiro R. – 08-10-2018