O Novo Governo arderá nas chamas da Revolta, da Resistência e da Revolução Social.

Ao dia 01 de janeiro do novo ano que se inicia, 2019, o Brasil entra numa nova fase de sua história. O fascista-entreguista Jair Messias Bolsonaro toma posse como o 38º Presidente do Brasil, junto ao General Mourão, o vice-facho-não-decorativo. Brasília, palco do espetáculo da democracia burguesa, aparentava muito mais um foto de uma fronteira qualquer entre países do bloco capitalista e do bloco socialista durante a Guerra Fria. Espaço aéreo fechado, grades, cercas, quatro revistas, restrições de porte de comida, água, guarda-sol, câmeras. Os jornalistas, largados numa saleta, ameaçados, proibidos de cobrir o evento; censurados.

A posse, carregada de militarismo, nacionalismo, entreguismo, espiritualidade e demonstração de poder, requer dois discursos onde se falaria, no primeiro ao Congresso Nacional, e o segundo a todos e todas as trabalhadoras deste país sobre os objetivos, as conquistas, as vitórias, os agradecimentos, etc. Entretanto, nada mais do que comum, Bolsonaro utilizou destes espaços  para continuar a ameaçar, controlar, atacar e perseguir qualquer seja a pessoa que se oponha a ele. Que se oponha aos seus projetos militaristas e fanáticos, e ultraliberais do Chicago Boy, Paulo Guedes.

Bolsonaro, primeiramente, pretende reerguer a “Pátria”, essa degenerada pátria que se afunda em corrupção, irresponsabilidade econômica, criminalidade e submissão ideológica.

Para combater a submissão ideológica, Bolsonaro busca valorizando a Família, a tradição Judaico-Cristã, combatendo a Ideologia de Gênero e Conservando Valores. Sendo o poder como em seu Slogan, de Brasília para o Brasil, de Deus para Brasília: Brasil acima de tudo. Deus acima de todos. Portanto, que os inimigos da Pátria tenham medo.

Que nós tenhamos medo, pois a Tradição, a Família e a Propriedade detém o poder e elegeram o Fascista Entreguista na melhorar das presepadas da Democracia Burguesa e da Social-Democracia. Para ele, bem como estampado Pavilhão Nacional, nenhum país cresce sem Ordem e sem Progresso.

Não obstante, Jair Messias Bolsonaro, para que os Cidadãos de Bem possam salvaguardar suas tradições, proteger suas famílias e sua propriedade, uma arma na mão de cada burguês branco para que ele possa combater a criminalidade. E se ele não conseguir, os policiais e as forças armadas vão dispor de todo e qualquer aparato para exterminar qualquer morador de favela, preto e pobre..

E na economia? Jair não consegue ser menos discreto: abrir ao comércio internacional, mas sem viés ideológico, desregulamentando e desburocratizando. Ampliar a destruição de matas nativas e genocídios indígenas com o agronegócio, mas em perfeita harmonia com o meio ambiente.

Desta forma, numa grande Pacto Nacional entre o FachoEntreguista e o Facho-Não-Decorativo, entre os Pilantras de Terno e entre os Canalhas de Togas, o Brasil – abençoado por Deus – poderá ser tornar uma Grande Nação.

Uma Grande Nação livre do Socialismo, guiada por Deus e gerido por Jair Messias Bolsonaro, o Honesto, que expurgará de uma vez por todas uma ideologia nefasta que dividem os brasileiros. Porém não sozinho o fará, fará junto aos seus eleitores, num Grande Movimento, para reestabelecer os padrões Éticos e Morais de um Brasil desigual, assassino e punitivista. Os padrões éticos e morais que aprofundam as perseguições aos trabalhadores e trabalhadoras mais pobres, aos homens e mulheres negras, a comunidade LGTBI+, aos militantes, socialistas,  anarquistas e revolucionários.

O Entreguista, contudo, pretende com que os interesses dos brasileiros venham em primeiro lugar. Logo abaixo da sola imperialista e sionista. Contra a corrupção  e a ideologização das crianças, do desvirtuamento dos direitos humanos e desconstrução da família, o Entreguista proporcionará à todas e todos nós a infraestrutura necessária para acabar com a ideologia que defende bandidos e leva a insegurança nas portas da casa dos trabalhadores.

Pois agora, para Jair Messias Bolsonaro, o Brasil entra numa nova fase: uma fase sem partido, sem viés ideológico, uma fase única, endurecida, do pensamento único e não divergente. A criticidade destrói famílias, é corrupta e insegura. A criticidade afunda o Brasil. E por isso, agora, necessitamos mais do que estabelecer um norte, um norte verde-amarelo com a estrela de Davi e a peruca loira.

O Brasil, portanto, estando acima de tudo e com Deus acima de todos poderá garantir os sonhos de Jair Messias Bolsonaro: uma arma na mão de cada brasileiro branco e rico para matar qualquer preto pobre por não estar dentro dos padrões éticos e morais defendidos por ele. Para poder destruir cada centímetro de terra indígena e que cada índio se torne Cidadão de Bem ou não restará dúvidas de seu extermínio. Para poder espancar e diminuir qualquer que seja a mulher que queira sair de casa para ser quem ela queira ser. Para poder proibir e assassinar mais pessoas LGBTQI+, mesmo o Brasil sendo um dos que mais faz isso. Para poder destruir o meio ambiente em prol de um desenvolvimento atrasado. Vendendo tudo para o comércio internacional para acabar com a desigualdade social. Dando fim nos investimentos públicos e privatizando tudo aquilo que lhe der na telha, tudo aquilo que Paulo Guedes, o ultraliberal, considerar lucrativo para suas próprias empresas. A ideia, do trabalhador sem direitos, sem justiça, sem comida, sem água, sem saúde, sem educação: só se puder pagar.

No dia 01 de janeiro de 2019, um novo projeto de poder se instaura no Brasil.

Um projeto de poder que tem como objetivo o (enriquecimento dos ricos e o empobrecimento dos pobres) extermínio do povo pobre. Um projeto de poder que tem como objetivo o extermínio da militância política de caráter socialista. Um projeto de poder que tem como objetivo privatizar os bens do povo.

Um projeto de poder de manutenção dos privilégios burgueses, daqueles que legislam em benefício próprio, demarcando muito bem a classe a ser favorecida.

Se inicia um novo projeto, não tão novo assim.

Um projeto que mediante a censura, a perseguição e ao ataque aos mais pobres busca destruir cada sonho e cada movimento em prol da dignidade, liberdade, emancipação, solidariedade e igualdade.

Um projeto feito pelos ricos e para os ricos com o único objetivo de submeter cada trabalhador e cada trabalhadora as vontades e interesses dos Capital e do Estado.

Com o Brasil acima de Tudo e Deus acima de Todos, Jair Messias Bolsonaro pretende, de uma vez por todas, nos transportar diretamente para o mais alto grau de desigualdade social.

O Novo Governo começa em chamas, e aos militantes revolucionários só nos resta se organizar, se solidarizar e resistir junto a classe trabalhadora contra nosso próprio extermínio.

Nenhuma fronteira do mundo poderá barrar a Revolução Social, porque carregamos em nossos corações  um mundo novo e nem o mais degenerados dos homens poderá nos impedir.

SEM PÁTRIA, SEM DEUSES, SEM PATRÕES E SEM PATRIARCADO.

O Novo Governo arderá nas chamas da Revolta, da Resistência e da Revolução Social.

 

02 de janeiro de 2019 – Companheiro R.